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domingo, 17 de abril de 2011

Serviço Social e Trabalho com famílias


Artigo: Serviço Social e Trabalho com famílias


Várias transformações sociais e culturais que se processaram nas últimas décadas reacomodaram as maneiras como as pessoas costumam se agrupar sob um mesmo teto. A fórmula tradicional, de pais e filhos morando na mesma casa, embora ainda seja majoritária, deixou de ser o modelo único.
Nosso papel como assistente social, em nossa função de técnico responsável pela interrupção de um determinado padrão repetitivo doentio no atendimento a uma família, deveria, primeiramente, ser a compreensão dos mecanismos sistêmicos que contribuem para aquela dinâmica grupal e o tipo de trocas existentes com seu meio circundante, e isso só acontece quando há um aprofundamento na história de vida contada pela própria família.
Seria como encontrar, em nossa prática profissional cotidiana, novas alternativas a antigas e arraigadas práticas sociais. Podemos intervir de forma a estabelecer uma impressão diagnóstica da situação que nos é apresentada pela família que busca ajuda material, conceder primeiramente essa ajuda, porém, não nos limitarmos ao atendimento imediato de uma necessidade material, mas, principalmente, estabelecer um plano de trabalho que possibilite a essa família buscar alternativas para um novo funcionamento, mais adequado às finalidades familiares que lhes são próprias, ou seja, não impor adaptação a valores sociais e/ou culturais nossos ou os mais aceitos socialmente, os chamados padrões socioculturais preestabelecidos, ou ainda, politicamente corretos. Nem sempre a família deseja a mudança; em muitos casos, sua situação de dependência das instituições se constitui em um equilíbrio patológico já assumido, no entanto, como trabalhadores sociais devemos assegurar-lhes que, todos os membros daquela família são aptos e capazes de fazer suas próprias escolhas e de encontrar novas e diferentes formas de auto-organização, renovação e emancipação para gerirem suas próprias histórias de vida.
Assim, nós como profissionais das areas de saúde e social temos que aprofundar nosso olhar para conseguirmos enxergar essas conexões e possibilidades em cada família que nos procura, e devolvê-las decodificadas para essas famílias, para que possam abrir seu leque de possibilidades encontrando alternativas próprias e inovadoras para a resolução de suas crises. Devemos sempre injetar saúde nas famílias, fortalecendo-as, pois se elas estão com os problemas, elas também estão com as soluções, somente elas poderão resolvê-los da maneira mais adequada que puderem, e elas podem. Todas as famílias são fortes e flexíveis, umas mais, outras menos, mas todas têm suas próprias forças e resiliências.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOWEN, M.(1989) La terapia familiar en la practica clinica, Versión española: Fernando Corral Cantó, Bilbao: Editorial Desclee de Brouwer, S.A.
MARTINELLI, M. L. et alii (orgs./1995) O uno e o múltiplo nas relações entre as áreas do saber. São Paulo: Cortez.
NICHOLS, M. P. e SCHWARTZ, R. C. (1998) Terapia familiar. Conceitos e métodos. Trad. de Magda França Lopes. 3 edição. Porto Alegre: Artmed.
MELO, C.P. (2003) O Diálogo sistêmico da Família com e o Serviço Social: Do Re(conhecimento) familiar do profissional ao referencial Sistêmico do Trabalho com Famílias, Dissertação de Mestrado, PUC/SP.
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