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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CUIDADO!



A cada ano, 102 adolescentes entre 10 e 14 anos cometem suicídio no Brasil

Segundo membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, crescem as internações por tentativa de suicídio de adolescentes entre 13 e 14 anos.

Em 2009, 106 adolescentes entre 10 e 14 anos cometeram suicídio no Brasil, de acordo com o dado mais recente do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Nos últimos 14 anos, foram 1.437 mortos, nessa faixa etária, 102 em média por ano. Entre os jovens de 15 a 19, o número é mais de cinco vezes maior: 566 em 2009. Apesar de raros, casos como o suicídio do estudante D.M.N., de 10 anos, que atirou em si próprio após disparar contra a professora Roliseide Queiros de Oliveira, na última quinta-feira, em São Caetano do Sul, não são isolados.
"Infelizmente, agredir professores é algo comum entre as crianças, mas a autoagressão é um fato inesperado", diz Ricardo Nogueira, membro da comissão de prevenção ao suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Nogueira afirma, contudo, que a observação clínica demonstra um crescimento de internações de crianças com 13 e 14 anos de idade por tentativa de suicídio. Sem dados preliminares, o levantamento está sendo feito no Hospital Mãe de Deus, no Rio Grande do Sul, estado que registra um dos maiores índices de suicídios do país.

Nos Estados Unidos, o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens com idades entre 10 e 24 anos, com cerca de 4.400 óbitos registrados por ano
. No Brasil, 25 pessoas se matam por dia – tornando o país o 11º colocado no ranking mundial de suicídios, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Dessas 25, duas são crianças e adolescentes de até 19 anos. 

Fatores de risco para o suicídio

Saiba quais pontos devem ser observados por pais e professores:

  1. • Histórico de tentativas anteriores de suicídio
  2. • Depressão ou outros distúrbios mentais
  3. • Abuso de álcool e drogas
  4. • Perda ou algum fator recente de stress
  5. • Fácil acesso a métodos letais (como armas, venenos, etc)
De acordo com Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, a arma de fogo é o principal método utilizado pelos jovens suicidas, com 46% dos casos, seguido por sufocamento (37%) e envenenamento (8%). A arma usada no crime ocorrido em uma escola de São Caetano do Sul era um revólver calibre 38 que pertencia ao pai da criança, um guarda civil municipal.
Prevenção — Mais jovens sobrevivem mais a tentativas de suicídio do que de fato morrem. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com estudantes de escolas públicas e privadas entre 9 e 12 anos mostrou que 15% dos alunos consideram seriamente cometer suicídio, 11% disseram ter criado um plano de ação e 7% tentaram tirar a própria vida nos 12 meses que antecederam a pesquisa. O departamento de emergência americano recebe cerca de 149.000 jovens entre 10 e 24 anos com ferimentos de autoflagelo.
Prevenir o suicídio é uma função da família e também da escola, explica Nogueira. "Precisamos criar uma rede de prevenção ao suicídio. Muitos pais chegam tarde do trabalho e quase não convivem com seus filhos. Por isso, a escola tem um papel fundamental”. No material escolar de D.M.N., havia um autorretrato desenhado pelo estudante no qual ele aparecia segurando duas espingardas cruzadas na frente do corpo. Ao lado, havia o desenho de um homem e a palavra “professor”.
Entre os principais fatores de risco para o suicídio estão depressão, histórico familiar de tentativa de suicídio e abuso de álcool e drogas. "É preciso lembrar que a criança depressiva não tem atitudes parecidas com a do adulto. Em geral, ela fica agressiva e não suporta a depressão", diz Nogueira. "As famílias precisam vencer o preconceito e levar as crianças ao psiquiatra se for necessário. Se não adotarmos a conduta de tratar adequadamente, vamos ver mais casos desse tipo."

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/a-cada-ano-102-adolescentes-entre-10-e-14-anos-cometem-suicidio-no-brasil. Acesso em 11/10/201.

Como orgulhar-se de um país com esta estatistica: "No Brasil, 25 pessoas se matam por dia – tornando o país o 11º colocado no ranking mundial de suicídios, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Dessas 25, duas são crianças e adolescentes de até 19 anos". É lamentavelmente preocupante que diante tal contexto, muitas familias ainda acham que psicólogo e psiquiatra são coisas para "doido". Loucura é esperar que o seu, o meu ou os nossos filhos pratiquem a primeira tentativa suicida antes que procuremos observar mais e melhor o modo como eles têm se colocado diante da vida, das pessoas e de si mesmo. Não precisa ser formado em Psicologia para perceber o alto nível de stress e insatisfação que assola grande parte de nossas crianças e jovens nos dias de hoje, é preciso parar e rêver o que estamos fazendo com eles, toda vez que preferimos cerca-los de presentes caros e escolas/faculdades de alto custo nas quais até mesmo o governo tem investido milhões em seus maravilhosos programas de incentivo à formação (PROUNI e outros mais), é claro que isso também é desenvolvimento, mas pra onde foi a preocupação com a formação de valores como: humildade, respeito ao próximo e às diferenças?. O que estamos fazendo para melhorar a forma como nos relacionamos com os nossos professores, nossos colegas de trabalho e até mesmo consigo mesmo? No que estamos investido afeto e projetando sonhos, se não em um melhor salário ou posição social? o qu signica um país sem miséria, se em alguns aspectos, estamos cada vez mais pobres de amor e de respeito?. Não busco com estas inquietações generalizar, nem tão pouco encontrar culpados (no governo, nos progrmas ou no famoso sistema...) para justificar uma sociedade cada vez mais adoecida, é óbvio que não existem culpados, se não cada um de nós mesmos, que por alguma razão costuma não refletir como deveria, sobre o modo como estamos construindo nossos próprios valores pessoais e sociais... Gostaria apenas de convidar o leitor a destinar ao menos 5 minutos por dia a pensar no que poderiamos nos tornar para fazer a diferença no mundo ou simplesmente na vida de alguém... É muito duro pensar/constatar que enquanto muitas famílias sofrem por falta do que comer e tantas crianças e adolescentes cometem suicidio, alguns chefes da politica partidaria do nosso país, ou os seus dignissímos secretários/assessores estão preocupados em perseguir os seus funcionários (preocupações vazias com carga horária ou produção/trabalho em números - como se números fosse sempre sinônimo de qualidade), muitas pessoas se matam ou matam o outro simplesmente por não conseguirem mais enxergar o quão importantes são para o mundo e para Deus!  O que mais falta hoje no mundo?  AMOR, que noutras palavras seria a CAPACIDADE DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO...  Lucynara, 11 de Outubro de 2011.
 




Quero parabenizar a psicológa Lucynara pelo olhar diferenciado sobre essa problemática que é tão preocupante nos dias atuais,confesso que também acredito que precisamos valorizar e fortalecer os vínculos familiares,prestando mais atenção nas nossas crianças e adolescentes que clamam por carinho e atenção.
Precisamos não apenas enquanto profissional,mas enquanto ser humano  ter essa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro para  poder realmente enxergar e  perceber que podemos ajudar a melhorar essa estatística.
Este é um problema  de nível Nacional que vem nos afligindo,mas com o trabalho articulado da equipe municipal,estadual e federal,e com o apoio dos pais poderemos  combater esse mal,dando as nossas crianças e adolescentes a possibilidade de poder viver essa fase tão importante de sua vida de forma saudável,sem medos,sem traumas aproveitando cada momento desse universo tão complexo que é a passagem da infância para a adolêscencia,proporcionando a todos a condição de entrar na vida adulta sendo um ser humano feliz e realizado,acreditando que a vida é maravilhosa e que deve ser vivida intensamente nas suas diferentes fases.
 Suiann Rosângela Damião Costa
Assistente Social





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