Adolescentes contra o racismo – Depoimento de Fernando José de Moura Neto
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© UNICEF/BRZ/Andressa Anholete |
Mokoen Iande* (Bom dia)
Sou Fernando Neto, tenho 16 anos, sou da comunidade indígena Pitaguary, do município de Maracanaú, no Ceará. Sou membro do Comitê Estadual do Pacto Um mundo para a criança e o adolescente do Semiárido e sou jovem multiplicador da minha comunidade Pitaguary, trabalho esse que valoriza e respeita o fortalecimento e o resgate da nossa cultura.
O que penso sobre o racismo:
O racismo é uma forma de exclusão da sociedade. Só porque você não tem um celular da moda, você nunca é capaz de nada, porque você não fala do jeito que a sociedade recomenda. Tudo isso é racismo. Não é só você chamar uma pessoa de negra. Racismo é também você acabar com os costumes tradicionais de um povo e de uma raça.
O racismo é uma forma de exclusão da sociedade. Só porque você não tem um celular da moda, você nunca é capaz de nada, porque você não fala do jeito que a sociedade recomenda. Tudo isso é racismo. Não é só você chamar uma pessoa de negra. Racismo é também você acabar com os costumes tradicionais de um povo e de uma raça.
O que o meu país pode fazer para acabar com o racismo?
- Mostrar o valor que a cultura negra e a cultura indígena tem dentro de seus aspectos tradicionais
- Vaorizar as línguas tanto indígenas como afro-brasileiras
- Valorizar as lideranças tradicionais
- Promover e apoiar projetos culturais entre as rezas e rituais
A minha frase que deixo para que todos pensem é:
Racismo é uma forma de ignorância, afinal, iandé memé maranongara* (Somos todos parentes).
Racismo é uma forma de ignorância, afinal, iandé memé maranongara* (Somos todos parentes).
*As palavras com asterisco são da língua tupi falada pela comunidade de Pitaguary.
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